Paulo chama a vida conduzida pelo sarx – a vida na carne. Nela, nossa programação mental e emocional nos coloca sob o controle da necessidade de obter o bastante do mundo para nos sentir seguros, impede-nos a encontrar a felicidade através de mais e melhores experiencias prazerosas e dirige nossa vontade para dominio de pessoas e situações, aumentando, assim, nosso prestígio e poder.
A crise de espiritualidade moderna, grosso modo, é Espírito versus carne. O fracasso ou a recusa em residir na mente de Cristo cria dualidade e separação dentro de nós. Não escolhemos com determinação entre Deus e Mamom, e nosso adiamento já constitui, em si, uma decisão. Nós nos dividimos cuidadosamente entre carne e Espírito com os olhos atentos a ambos. A relutância em admitir com toda a consciência que somos filhos de Deus causa esquizofrenia espiritual do tipo mais aterrador.
Alimentados pelo que alguém chamou de negligência “o agnosticismo da negligência” (falta de disciplina pessoal para superar o bombadeio da mídia, conversas fúteis e relações utilitárias) , nossa autoconsciência torna-se embaçada, a presença de um Deus amoroso se perde na distância e a possibilidade de confiança e intimidade parece menos plausível. A desatenção com o sagrado destrói a abertura para o Espírito. (grifo meu).
Manning, Brennan. Convite à loucura, São Paulo, Mundo Cristão. p.113
Lou Mello disse:
Talvez o problema seja o fato de Deus não ter se adaptado às ferramentas pós-modernas. Se eu fosse Ele, começava um blog, fazia um site e mandava ver via blogosfera. Esse negócio de Igreja já era. Corrompeu-se definitivamente e de todas as maneiras. Com o blog não é necessário ter intermediários, onde a corrupção se instala, sem falar em custo, desgastes, etc…
Já pensou: O Blog de Deus!
Alysson Amorim disse:
É o que Yancey, se não estou enganado, chama de “amnésia espiritual”. Viver em diálogo ininterrupto com o sagrado, aquilo que o Paulo chamava de “orar sem cessar”, é tarefa que merece medalha de ouro. Mas o fato é que, ao contrário do que ocorre no PAN, tal heróismo quase nunca resulta em pódio.